Metodologia do Ensino das Artes

 


 

 
 
EDUCAÇÃO DOS SENTIDOS E ESTÉTICAS ARTÍSTICAS:
PRODUÇÃO CULTURAL DA/PARA INFÂNCIA

BARBOSA, Claudinéia da Silva[1]
MOCELIN, Márcia Regina [2]

 
RESUMO

Este artigo expõe a importância da educação dos sentidos e estéticas artísticas para crianças. Situa os processos de ensino das linguagens artísticas na Educação Infantil. Traz reflexões sobre a produção cultural da/para a infância relacionada a algumas vivências no município de Itaberaba, considerando a relevância da articulação entre os sistemas formais e informais de educação com as famílias e comunidade para o devida valorização e sistematização dessa produção cultural da/para a infância. Esta foi uma pesquisa bibliográfica, pois se deu a partir de análise dos registros disponíveis de pesquisas que já realizei anteriormente. Apreciando as informações e conhecimentos prévios relativos ao objeto pesquisado, sendo fundamentada a partir das contribuições teóricas de alguns autores como Kramer, Wallon, Slade, Lowenfeld, Brittain entre outros documentos legais e norteadores da Educação Infantil. Traz como contribuição, proposta Brincantar, que projeta possibilidades para a realização de vivências, registros e sistematização da cultura ludo-artística como reconhecimento e valorização do patrimônio cultural das infâncias e griôs.

Palavras – chave: Linguagens Artísticas. Infância. Cultura.



1INTRODUÇÂO

          Entre as manifestações do saber humano, a arte é fundamental, pois traz à tona a sensibilidade e a liberdade que estão presentes no seu mundo subjetivo. Expressas em diferentes modalidades, as linguagens artísticas apresentam infinitas dimensões que o ser é capaz de criar e recriar através das inúmeras possibilidades de expressão da sua potencialidade criadora e por meio dessa fruição é capaz de estabelecer comunicação entre seu universo interior criativo e interagir com o meio, revelando percepção e estética.

Em que fase da vida começa essa a manifestação da capacidade criadora? Afinal capacidade de expressão artística é ensinada, ou se manifesta espontaneamente? Os estudos apresentados nesse artigo buscam refletir sobre as questões relacionadas à educação dos sentidos e estéticas artísticas considerando as múltiplas linguagens no desenvolvimento infantil, processos de ensino-aprendizagem das diferentes modalidades de experiências artísticas estão no currículo e nas práticas da Educação Infantil, as manifestações artísticas das infâncias consideradas no âmbito cultural da sociedade contemporânea e o papel da organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil, enquanto promotora da produção cultural da/para infância.

As novas concepções de criança e infância tem revelado que as novas gerações estão sendo vistas com olhos diferentes. Mas até que ponto? Teoricamente são considerados sujeitos históricos e de direitos que vivenciam experiências dentro de um contexto. Mas quanto a serem agentes transformadores de sua história, como o fariam? De que forma as crianças expressariam com linguagem própria sua compreensão sobre a realidade em que vivem? Quais seriam suas formas de refletir, compreender e manifestarem artisticamente diferentes aspectos de sua cultura?

A metodologia utilizada neste processo de investigação constitui caráter qualitativo, estando voltada para uma realidade empírica, a qual buscou refletir sobre a estabelecida relação entre os sujeitos na dinâmica de interatividade com o meio. Os procedimentos de coletas de dados caracterizam a pesquisa bibliográfica, pois se deu a partirde análise dos registros disponíveis de pesquisas anteriores. Apreciando as informações e conhecimentos prévios relativos ao objeto pesquisado. Localizando documentos pertinentes ao assunto. Observando o que André (2002, p. 41) aponta como base para uma pesquisa significativa, “é importante assinalar que, sem um referencial básico de apoio, a pesquisa pode cair em um empirismo vazio e, consequentemente, não contribuir para um avanço em relação ao já conhecido.” Sendo fundamentada a partir de estudos bibliográficos que inclui contribuições de Lowenfeld, Brittain, Peter Slade, Sônia Kramer, Wallon, entre outros documentos legais, norteadores e registros de minhas vivências e pesquisas que caracterizaram os conhecimentos prévios na Educação Infantil do Município de Itaberaba. O objetivo desta pesquisa consistiu em compreender como os processos e práticas no ensino das linguagens artísticas para crianças têm evidenciando importância das manifestações culturais da/para a infância.

Essa temática tem sido relevante nas atuais discussões sobre o ensino das Artes observando as especificidades da infância, que na contemporaneidade, a criança tem sido percebida em seus diferentes aspectos de desenvolvimento o que pressupõe um novo paradigma de educação para esta fase da evolução humana.

2 EDUCAÇÃO DOS SENTIDOS NA INFÂNCIA.

Uma fase muito especial e repleta de significados que nos convida a ter uma atenção especial ao se tratar de processos de ensino aprendizagem. A infância, por ser uma etapa do desenvolvimento humano, exclusivamente delicada em todos os seus processos de maturação, apresenta inúmeras especificidades, por isso a mediação da aprendizagem nesta fase é tão debatida no âmbito educacional.

Tratar de educação dos sentidos na fase infantil é extremamente relevante.  E, significa considerar que nesta fase, o ser está em um momento pleno do seu desenvolvimento global, pois todas as suas dimensões estão evoluindo nos aspectos psico-bio-físico, cognitivo, afetivo e sociocultural. As percepções que compõe o sistema sensorial estão superativadas, um campo aberto para novas experiências e descobertas que o levará a diversas aprendizagens. Por essa questão é preciso ter especial cuidado em como mediar sua aprendizagem, sua relação com o mundo em que a cerca, pois este é um mundo adulto, que muitas vezes não está codificado para a compreensão psicológica da infância, mas que precisa inserí-la estabelecendo comunicação significativa. Está aí importância da qualidade da mediação com olhar sensível sobre o ponto de vista da infância. De acordo com Wallon, (2007), níveis potenciais psicológicos dependem especialmente do contexto sócio-cultural. Em seus estudos sobre a infância o autor nos leva a refletir sobre como se dá isso na relação adulto criança:


[...] é o mundo dos adultos que por meio lhe impõe e disso decorre, em cada época, certa uniformiddade de formação mental. Mas nem por isso o adulto tem o direito de só cnhecer na criança o que põe nela. E, em primeiro lugar, a maneira como a criança assimila o que é posto nela pode não ter nenhuma semelhança com a maneira com que o adulto utiliza. [...] Várias dificuldades coletivamente superadas pelos grupos sociais já possibilitaram que muitas dessas disponibilidades se manifestassem. Com a ajuda da cultura, outras implicações da razão e da sensibilidade não estão potencialmente na criança? WALLON (2007, p. 13)


Além de nos instigar sobre a sensibilidade potencial da criança, Wallon define que esta potencialidade presente no desenvolvimento é o “processo pelo qual o indivíduo emerge de um estado de completa imersão social”. Observando que a cognição está alicerçada em quatro categorias: o movimento, a afetividade, a inteligência e a pessoa ou a individualidade. Estes são os aspectos do desenvolvimento que serão estimulados a partir das múltiplas linguagens através da mediação atenta à educação dos sentidos.

Mas que significado teria a educação dos sentidos para a infância? Mediar a percepção, a interpretação do mundo a sua volta, levando a ter condição de decodificar com compreensão as informações trazidas pelos signos e signifcados construídos sociedade em que está inserido. Isso vai se dar no âmbito de cada cultura e na especificidade de cada nível evolutivo em que os seres se encontram em relação à compreensão de sua própria cultura. Assim como vai depender dos meios pelos quais esta cultura foi produzida e registrada. E quando nos apresenta a função da arte, Bueno (2008, p. 17) diz: “Temos o instrumento arte em mãos (e também nossos olhos), podemos, portanto fazer grandes descobertas.” Um anúcio do que somos infinitamente capazes de alcançar ao entrar em contato com a arte, desde o simples olhar e ver. E, para, além disso, o educável sentido, as infinitas possibilidades do fazer. Potencial presente em todas as idades, em todas as culturas.

          As manifestações através das múltiplas linguagens e o comportamento lúdico próprio da infância permitem aos seres desde muito cedo, expressarem suas subjetividades, apresentando diferentes formas de manifestações, por exemplo, as linguagens artísticas. Através destas, são capazes de estabelecer signos e significados com sentido estético e comunicação com sentidos característicos do universo infantil. São as expressivas e múltiplas linguagens que as crianças utilizam tanto na projeção do seu mundo interior, quanto na forma de compreensão sobre o mundo externo. Etapas significativas para sua aprendizagem e desenvolvimento. Sobre isso Peter Slade trás algumas reflexões especialmente para os pais:

Não exerça superproteção sobre as crianças, ficando nervosa demais para deixá-las sair de sua vista. Repare que elas estão crescendo. Não faça as coisas por elas, continuamente. Diga muitas vezes: “Experimente fazer sozinho.” Encoraje a criança, mas não a deixe desamparada e só. Existe um equilíbrio para cada pessoazinha. Todas são diferentes. Mas o equilíbrio não é tão difícil de ser encontrado, de modo geral, uma vez que se tome conhecimento de sua existência. (SLADE, 1978, p. 26)


          Educar os sentidos de olhar e ver, de sentir e perceber, de manifestar as impressões e expressões de afetos, da representação utilizando a projeção nos objetos ou com a corporalidade, a voz, a representação gráfica, plástica e/ou outras através das inúmeras possibilidades que as modalidades artísticas permitem trazer à tona o universo da sua subjetividade e potencial criativo, tanto como produtor, como apreciador. Esse princípio educativo é essencial para o desenvolvimento global e está completamente coerente com os princípios e concepções da educação na fase infantil.

          A devida prática e importância dada a essa ação educativa confere efetivo valor ao desenvolvimento nesta fase, pois as aprendizagens trarão significativos recursos para a evolução do pensamento, como nos elucida Lowenfeld e Brittain, (1970, p.17)


O homem aprende através dos sentidos. A capacidade de ver, sentir, ouvir, cheirar e provar proporciona meios pelos quais se realiza uma interação com seu meio [...] Assim o desenvolvimento da sensibilidade deve converter-se na parte mais importante do processo educativo.


Os griôs cantadores, brincantes e/ou contadores de histórias, fazem isso com excelência, ao despertarem o potencial imaginativo das crianças. Estabelecem uma ponte entre o prazer apreciativo e a estimulação dos aspectos cognitivos, e potencialidades criativas através das belas histórias que provocam a percepção e os sentidos das crianças.

A educação dos sentidos promovida para crianças precisa estabelecer o nível de linguagem adequada ao campo de percepção e expressão da fase, de forma que os estimule a partir dos seus níveis de desenvolvimento e que possam ser ampliados gradativamente. A fase inicial do desenvolvimento humano é marcada por importantes etapas e aspectos, como pode ser observado na pesquisa sobre os desafios e possibilidade na mediação do desenvolvimento global na infância que realizei em 2013:

Faz-se necessário também compreender como se dá o seu desenvolvimento global observando tanto as suas etapas de aprendizagem cognitiva, quanto o seu desenvolvimento motor, afetivo e emocional. [...] É notável essa indissociabilidade entre afetividade, ação motora e inteligência. Partindo dessas, ocorre a evolução no desenvolvimento integral da criança expressos de forma global nos seus diferentes aspectos biológicos. Através das suas estruturas física, psíquica, emocional, motora e intelectual. Assim como nos aspectos social e cognitivo através dos quais os estímulos e a interação funcionam como meios de aprendizagem e comunicação. BARBOSA, (2013, p.6 -7)

Estes são importantes conceitos expressos pelas diferentes especialidades das ciências humanas, relativas ao comportamento, cognição, interação, maturação biológica e emocional. Contudo, são as linguagens artísticas orientadas a partir do princípio de educação dos sentidos que permitem construção ou ampliação do potencial expressivo relacionado ao campo das subjetividades e desenvolvimento da capacidade criadora.

A manifestação dos diferentes níveis potenciais desde a fase infantil, em que os aspectos sensíveis, afetivos, intuitivos, estéticos e cognitivos, provocam a expressão individual e coletiva precisas. Estabelecendo interação e comunicação social com profundos significados.

Para tanto é necessário que os educadores/mediadores compreendam o significativo papel da arte para a educação, como também busquem o conhecimento teórico e prático sobre o ensino das linguagens artísticas para os diferentes níveis de ensino. Pois estes vão se complexibilizando para atender os níveis de maturação.


3 AS LINGUAGENS ARTÍSTICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

As Artes e a Educação são marcas importantíssimas no processo evolutivo da humanidade. Embora a primeira não necessitasse da segunda para seu surgimento e permanência na construção do patrimônio histórico da humanidade.  Entretanto, a Educação tem se apoiado nas Artes, ainda que não seja em sua plenitude, incluindo-a na organização dos seus sistemas formais e informais de ensino.

O componente curricular Arte, assim denominado atualmente, teve seu percurso histórico marcado por movimentos significativos desde a década de 1970, com a semana de Arte Moderna, quando começaram as manifestações em favor da valorização e reconhecimento da importância desta enquanto área de conhecimento. E, que se resignificou na década de 1980, com o movimento Arte Educação, que buscou ampliar as discussões, mobilizando não apenas em favor das ações educativas relativas ao ensino de Arte, como também pela valorização e formação dos profissionais. Porém somente na década de 1990 é que se reconhece o ensino de Arte como componente obrigatório no currículo. Como pode ser conferido nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte (PCN):

Com a Lei nº 9.394/96, revogam-se todas as disposições anteriores e Arte é considerada obrigatória na educação básica: “O ensino da arte se constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.” (art. 26, §2º). (BRASIL,1997, p. 25)


De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional de 1996 (LDBEN), mencionada no PCN, a presença das Linguagens Artísticas no currículo da Educação Básica a qual denominar-se Arte, precisa ser componente obrigatório, passando a ser área de conhecimento. A Educação Básica atualmente está organizada em três etapas: Anos Finais, etapa em que os componentes curriculares são ministrados por professores específicos de cada Área de conhecimento; Anos Iniciais, etapa em que o professor atua como polivalente, ministrando todas as áreas de conhecimento.

Nestas duas etapas do ensino, o componente de Arte é composto pelas modalidades de Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Todas com conteúdos próprios para serem ensinados apresentando suas linguagens e estéticas específicas. Não tendo como finalidade de tornar o aluno um artista, mas de estimular suas competências estéticas e artísticas. Os processos de ensino aprendizagem precisam considerar a percepção, os interesses e o contexto sócio histórico dos alunos, articulando se na forma da proposta triangular apresentada por Ana Mae Barbosa ao tratar da prática pedagógica no ensino das artes, como podem ser observadas nas orientações do PCN Arte:

Ressalta ainda o encaminhamento pedagógico-artístico que tem como premissa básica a integração do fazer artístico, a apreciação da obra de arte e sua contextualização histórica. (BRASIL,1997, p. 25)


Apontando um caminho teórico metodológico para um ensino-aprendizagem que se constituísse em ação formadora de um ser que é global e que vive suas experiências individuais e coletivas dentro de um contexto.

E a Educação Infantil (EI), que com a LDBEN/96, passou a ser considerada como a primeira etapa da Educação Básica, que apresenta em sua organização curricular, duas modalidades artísticas: Artes Visuais e Música, as quais são consideradas como Eixos de conhecimentos/componente curricular que deve ser trabalhado em suas especificidades. E é sobre esta etapa da educação básica que este estudo se dispõe.

Afirmada tantas vezes por diversas formas a arte é essencial na expressão vital do ser humano. Ao tratar dos processos de ensino na primeira etapa da educação, essas habilidades inatas de expressões que manifesta a subjetividade, a estética e a cultura não pode ser deixada de fora das ações educativas nesta fase inicial que é rica e importantíssima para o crescimento do ser humano. Embora precise se adequar aos níveis de desenvolvimento em que o ser se encontra nas suas etapas de maturação. É dessa forma que a Educação Infantil trata da presença das artes na educação para a infância. Norteadas pela Resolução nº05 /2009, que fixa as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil, observando os artigos:

Art. 3º O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.

Art. 4º As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.


As orientações na rede municipal de ensino em Itaberaba - Bahia, por exemplo, apresenta estas características em seu atendimento à Educação Infantil. O ensino das linguagens artísticas nesta etapa de ensino é desenvolvido de forma articulada com as propostas de projetos temáticos, que se configuram com as características das comunidades locais ao serem elaboradas pelos mediadores. Seguindo uma orientação de rede, os projetos didáticos são integrados e tratam das especificidades de cada eixo/componente curricular em seus conteúdos próprios, porém integrando os saberes, através de etapas de desenvolvimento a partir de temáticas centrais, considerando os interesses e níveis de maturação das crianças.

Estes projetos conferem momentos vivenciais onde as curiosidades, experiências e descobertas promovem intervenções interescolar, extraescolar e social. Tendo produtos finais com significativos aprendizados. Observa-se a necessidade de os registros e dos próprios produtos finais tornarem-se mais visíveis, no sentido de que o próprio órgão central, a Secretaria Municipal de Educação (SMED), as unidades escolares e suas respectivas comunidades identificarem-se como produtoras de cultura do saber, sistematizando-os em revistas, anais, seminários de educação, canais de cultura e educação, entre outros, da mídia informátizada.

No trabalho com as linguagens artísticas na Educação Infantil, por exemplo, há uma característica desenvoltura observada no perfil de uma parte das professoras.  Embora as modalidades Dança e Teatro não estejam explícitas como componentes curriculares da Educação Infantil, estas também estão presentes nas práticas pedagógicas. Na pesquisa que realizei sobre O Teatro na Educação[3], em 2012, foi observado o seguinte:

Não há um eixo específico para o trabalho com a linguagem teatral, na Educação Infantil. Mas na área de conhecimento, “Movimento” tem como um dos conteúdos a Expressividade, apresentando-se em duas dimensões: Subjetiva, que contempla as habilidades motoras e de comunicar das crianças; e Expressiva, que, como pode ser vista no RCNEI, volume 03 “[...] engloba tanto as expressões e comunicação de ideias, sensações e sentimentos pessoais, como as manifestações corporais que estão relacionadas com a cultura” (BARBOSA, 2012, p.15)

O eixo/componente Movimento presente na organização curricular da EI tem um significado profundo e está estritamente relacionado com o ensino-aprendizagem sobre relativo às linguagens artísticas para esta fase, pois está envolvido com as fases de maturação das crianças. Na primeira infância, a criança ainda está se apropriando de algumas habilidades como o domínio gradativo da oralidade, dos processos iniciais de leitura de mundo e do mundo, ou seja, está no princípio da aquisição dos signos e significados que a levará a interpretação, compreensão e expressão sobre o mundo a sua volta.

É nesta fase que vivencia ativamente as experiências através dos processos sensoriais, psicomotores, expressivos, afetivos e cognitivos, ao mesmo tempo em que os aprimora. E, manifesta-se através de múltiplas linguagens por meio das interações e brincadeiras. Por isso o potencial lúdico e criativo está tão intrinsecamente relacionado com as manifestações e expressões culturais das crianças. O que é popularmente conhecido como “aprender brincando”.

Brincadeira é para o universo infantil uma linguagem, pois funciona como elemento de interlocução na sua interação com o meio e com as pessoas com quem interagem. Criam signos e significados. Essa talvez seja a mais marcante das características presente nas manifestações culturais da infância. Permeadas pelas linguagens artísticas, as brincadeiras trazem elementos da música, da dança, das expressões corporais, visuais e plásticas as quais constituem o campo das múltiplas linguagens infantis.

Essas múltiplas linguagens variam de geração para geração, pois vão ganhando novos elementos que a interação social viabiliza. Partindo sempre das manifestações iniciais próprias das fases de maturação, como balbuciar canções, mesmo quando ainda não sabem cantar na forma mais convencional. Ou ao bater palmas, movimentar os braços ainda que seu desenvolvimento psicomotor não o permita manifestar passos de danças mais elaborados. Estas são formas que manifestam suas expressões artísticas como um potencial principiante, mas existente e vão se elaborando, se reconstruindo conforme os estímulos do meio, provocados pela cultura e interação.

Aqui está a importância do olhar sensível na mediação enquanto educação dos sentidos através o estímulo provocados pela interlocução que as linguagens artísticas favorecem. Ainda nas diferentes fases durante a Educação Infantil é que ocorrem as improvisações por meio das experimentações e processos investigativos dos jogos dramáticos, como pode observado na pesquisa já mencionada sobre O Teatro na Educação e com base nas contribuições de Peter Slade:


Conhecido também como jogo do faz de conta ou jogo simbólico. Ou como Peter Slide (1978, p. 19) considera: “Jogo Pessoal [...]. Ele se caracteriza por movimento e caracterização, e notamos a dança entrando e a experiência de ser coisas ou pessoas”, que é muito frequente entre as crianças nos momentos espontâneos ou em atividades direcionadas. É o princípio para a improvisação teatral. Outra situação em que se percebem princípios teatrais na Educação Infantil (EI) se apresenta nos momentos de contação de histórias com o uso de fantoches, por exemplo, em que a criança dá ânima e se expressa, sendo o intérprete do fantoche. A essa manifestação criativa através do objeto, o autor Slide (1990, p.19) chamou de “Jogo Projetado”, ou seja, uma das habilidades que as crianças desenvolvem de interpretar projetando as falas, expressões e sentimentos aos objetos ou brinquedos que utilizam. (BARBOSA, 2012, p.16)

 
          Muitas destas situações acontecem no cotidiano das instituições de Educação Infantil, embora determinado percentual de professoras, revelaram desconhecer os princípios desta ação. Em uma das formações continuada em serviço, ofertada pela SMED em Itaberaba-Ba em 2013, elaborei e mediei o Mine Curso Teatro e Educação na Infância: Jogo Dramático Infantil[4]. Uma excelente experiência! Pudemos alinhar o nível conceitual com as práticas relativas ao ensino das artes na Educação Infantil. Como o foco era a linguagem do teatro/jogo dramático, objetivamos esclarecer por que crianças não fazem teatro, e sim realizam jogos dramáticos. Esclarecendo que nas ocasiões em que as crianças a partir de cinco anos realizam ações dramatizadas, precisa ser dentro de um contexto construído ao longo de um processo.

          Este momento também rendeu boas vivências em que as professoras foram instigadas a iniciar processos de investigação de jogos dramáticos no mine curso e com suas turmas. Como produto final obtivemos da rede uma coletânea de jogos investigados, experimentados e registrados pelas professoras e crianças da EI, intitulada de “Compartilhando Diversão e Descobertas[5]”.

          Estas são as possibilidades e implicações para o ensino das artes na educação básica, e se tratando do atendimento na Educação Infantil, destaco ainda as especificidades não apenas das modalidades artísticas que precisam está implícitas no ensino aprendizagem, como também as especificidades características das fases na infância. Considerando que a formação em Pedagogia é mínima para dar conta de uma demanda tão complexa que é atuação polivalente.

          Analisando os documentos normativos e norteadores, é observável que há uma articulação da organização curricular com princípios e propostas para os processos de ensino-aprendizagem das diferentes modalidades de experiências artísticas na EI na rede municipal de ensino em Itaberaba, entretanto as práticas ainda dependem muito da formação dos profissionais e suas concepções.


4 IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO CULTURAL DA/PARA INFÂNCIA.

          Quando alguém demonstra o sentimento de pertencimento à cultura em que está inserido, revela identificação. Uma espécie de laço afetivo construído a partir das trocas de experiências e saberes construídos a partir de vivências e descobertas significativas. As manifestações culturais na sociedade contemporânea tem apresentado imensa variedade de produções, geralmente relacionados às linguagens artísticas.  Muitos estão na mídia, características da Era da informação e comunicação global, que grande massa tem acesso, mas são produtos que nem todos se identificam.

          E as crianças como têm manifestado o sentimento de pertencimento ou de identificação? E suas manifestações artísticas têm sido consideradas no âmbito cultural da sociedade contemporânea? Observa-se, por exemplo, famílias e até comunidades que tem a cultura de apreciarem produções musicais que não são para crianças, mesmo em aniversários de criança. O princípio estético da infância nesse sentido não é respeitado. Neste contexto algumas crianças revelam-se com comportamentos precoces, deixando de vivenciar situações importantes para sua maturação ainda na fase infantil.

          Há produções musicais, por exemplo, entre outras modalidades que revelam princípio estético para criança, entretanto são utilizados com mais frequência pelas instituições educativas. A escola é um lugar que pode, se quiser, garantir esse direito de construção do sentimento de pertencimento à criança em relação à apreciação e produção cultural, especialmente ligada às manifestações artísticas. Sobre essa relação da criança com a cultura, Kramer destaca a importância de dois aspectos. A cultura de cada grupo social e o acervo cultural da humanidade como dois eixos fundamentais para esta formação cidadã:
 

A cultura de cada grupo social– É preciso levar em consideração o que é produzido por cada grupo social: as tradições culturais, os costumes, os valores dos diferentes grupos, suas trajetórias, suas experiências, seu saber, seus modos de educação, seu acervo de produções e artefatos culturais. Nisto está implicada a pluralidade que se manifesta na dança e na música, na produção de objetos, nos brinquedos e brincadeiras, nas comemorações civis ou religiosas, nos modos de cuidar das crianças, da terra, dos alimentos, das vestimentas, nos acervos, nas construções, no patrimônio (que está presente também nas trajetórias contadas, nas histórias orais). (p.15)


O acervo cultural da humanidade – Também temos uma produção cultural que se encontra disponível na literatura, no cinema, na música, na fotografia, na pintura, na escultura, na poesia, na arquitetura, que faz parte do acervo cultural da humanidade e que nos diz respeito como sujeitos capazes de aprender com a arte, com a literatura, com os acervos que estão nos museus. (p. 16)


          As ações educativas que consideram a produção cultural da/para infância, proporcionam aprendizagem significativa para o desenvolvimento das crianças através das manifestações da sensibilidade, das emoções, da criatividade, das subjetividades presente no imaginário infantil entre outras atitudes expressivas, assim como seu desenvolvimento global através das múltiplas linguagens e das diferentes modalidades e experiências artísticas. Está na observância do que preconiza a Diretriz Curricular Nacional para a Educação Infantil (DCNEI), destacando o princípio estético:

 

As propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar o princípio estético: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais. (BRASIL, 2010, p.16)

 

 

Como já mencionado anteriormente, é preciso que os sistemas educacionais, as instituições formais e não formais, as famílias e comunidades, os professores ou mediadores e especialmente as crianças, identifiquem-se como produtoras de cultura. Realizem, registrem e sistematizem. Documentando suas produções de forma que possam socializar e manter vivas estas manifestações artísticas e culturais. São produtos que podem também resignificar as aprendizagens, ser fonte histórica para as gerações vindouras e, sobretudo valorizar produção da geração contemporânea e torná-la de fato patrimônio cultural.

A organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil do município de Itaberaba em 2012 desenvolveu ações ligadas ao projeto Institucional “Arte Educação criando diferentes formas de expressar o mundo”, lançado pela SMED, em observância ao atendimento da Lei nº 11.769/2008. A EI, teve em seu planejamento anual de rede, entre seus objetivos a proposta de mediar as ações culturais e sócio educativas, através do Projeto Tanto Canto, Tanto Conto... (TCTC), que participei como mediadora[6]. Integrado à proposta institucional da SMED, passou a ter configuração de oficina mantendo a essência que é de contação de histórias para crianças. Visava contribuir sensivelmente para o desenvolvimento da expressividade, para fruição da imaginação e da criatividade das crianças; para ser ação formadora professores entre outros profissionais que atuam na EI.

Essa foi uma ação que viabilizava a apreciação das crianças e a produção cultural para infância. As estratégias metodológicas perpassavam por todos os eixos de conhecimentos, com ênfase nas linguagens artísticas. Realizado na estética teatral, utilizando se da linguagem musical, expressividades corporal, construção e utilização de recursos cenográficos instigando a leitura e interpretação audiovisual das crianças e professores. Tendo com eixos norteadores a ludicidade e interação para a efetiva prática de contação de histórias. Projeto durou um semestre. Entre os resultados obtidos, a afinidade e interação das crianças com as personagens; as expressões de deleite com as histórias; são satisfatórias quando se refere produção artística para a infância.

Apesar de essa experiência estar viva nas memórias afetivas das crianças que encontro nas instituições ou nas comunidades, durante as visitas de acompanhamento técnico[7], observo crianças motivadas com estas experiências.  Percebo o quanto pode ser significativo para suas aprendizagens e para a manifestação dos seus potenciais artísticos. As crianças são capazes de protagonizar. Precisam de estímulo e mediação para produzirem. Cabe às instituições promoverem momentos. As escolas têm inserido em seus programas curriculares, ainda que de forma tímida, contudo há a necessidade de ampliar a visibilidade na dimensão cultural.

No intuito de trazer essa visibilidade na dimensão cultural, para as produções das crianças na EI, organizei o projeto “Azul Estrel@r: Buscando uma forma de interagir com você!”[8] Uma atividade sociocultural e educativa, sem fins lucrativos com a pretensão de envolver espaços formais e não formais através de suas ações. Buscando interagir com o público infantil e adulto, pessoalmente e via web com a intenção de trocar impressões e expressões criativas através das artes visuais e audiovisuais. Atuando como uma rede de comunicação e divulgação de produções das crianças e para as crianças.

Foi através deste observei o quanto o nosso município tem tão poucos espaços para a atuação da infância. A instituição escolar mais uma vez lidera esse atendimento. A produção artística das crianças ou a manifestação de aspectos sua cultura está na situação já mencionada no tópico anterior. Poucas foram as mostras que coletamos. Existem alguns projetos sociais organizados por grupos de teatro, porém com poucos incentivos para a demanda apresentada. Ou seja, há propostas. O projeto Azul Estrel@r ainda está em ativa, faz-se em visitas e diálogos diretamente com as crianças e seus professores/mediadores. A divulgação precisa passar por processos de autorização de imagens para ser realizada.

Observando e às vezes vivenciando algumas situações de produção cultural e educativa relacionada ao público infantil, feitas por estes e para estes, é perceptível a riqueza de valores implícitos nas impressões e expressões criativas e artísticas manifestadas.  Isso é relevante para a infância, pois é marca histórica de uma fase da vida, em um determinado contexto. Só precisa ter a devida valorização, que a atual concepção de criança, infância e educação infantil tem na contemporaneidade. Como faz entender as DCNEI, sobre o conceito de ser criança:

 

Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. (BRASIL, 2010, p.11)

 


Quem precisa mediar a voz e vez dos sujeitos históricos e de direitos com tantas potencialidades manifestadas? Essa é uma tarefa de todos nós que interagimos, atendemos e/ou mediamos as experiências e descobertas; as diferentes formas de aprendizagens no campo formal e informal; somos os responsáveis pelo desenvolvimento integral das crianças.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS: RESPONSABILIDADE DOS MEDIADORES


Durante as reflexões sobre os estudos e vivências foi possível compreender como ocorre o ensino das linguagens artísticas para crianças. A concepção sobre a relevância das manifestações das crianças e suas múltiplas linguagens que revela expressividade através das modalidades artísticas são fatores importantes para que mediação pedagógica promova situações propícias à educação dos sentidos e estéticas artística, bem como para produção e apreciação cultural da/para a infância.

Entretanto os sistemas formais de ensino são co-responsáveis. Considerando a indispensável articulação entre o significado das Artes e da Educação que são áreas importantíssimas no processo evolutivo da humanidade. A necessidade de que as instituições de ensino sejam articuladoras dessa ação educativa que também parte da sociedade. Levando-a redescobrir seus valores e potenciais. Reconhecer em seus Griôs e em suas crianças os elos na infinita tessitura da canção cultural.

Considerando a realidade na qual estou inserida e entre os aspectos que tenho observado durante as pesquisas, as vivências e as devolutivas que tenho buscado proporcionar à este público, seja na produção cultural para a infância, seja na formação de professores. Percebo que a articulação com a família e comunidade, consequentemente com os grupos artísticos e reconhecimento dos seus griôs precisa ser uma ação ampliada.

Diante dos processos observados, analisados e expostos neste documento, venho demonstrar que a formação do profissional educador/mediador é ponto referencial para os processos de ensino-aprendizagem nas linguagens artísticas, com a finalidade de compreender o significativo papel da arte para a educação, além da busca de conhecimento teórico e prático, correspondendo ao nível de ensino que atendem. Sobre o aspecto central da pesquisa, que se situou na produção da/para infância nas ações da Educação Infantil em Itaberaba-Ba. Necessita de ações que promovam a ampliação dos saberes docentes em relação à educação dos sentidos e estética artística na produção pela infância. E relacionada à isso a articulação com as famílias/comunidades na promoção da valorização e reconhecimento do significado dos seus griôs, e suas crianças.

          Em busca de conhecer e registrar produtos do maravilhoso universo das infâncias e suas marcas nas manifestações culturais pretendo articular ação investigativa e de registros sobre as brincadeiras e expressões ludo-artísticas como patrimônio imaterial das infâncias das diferentes gerações com o Projeto Brincantar. Resgatando também os indicadores da pesquisa que realizei em 2013:

 

Outro indicador importante é a criação de ambientes e materiais que favoreçam as interações e brincadeiras. Não apenas nas instituições, mas nos espaços públicos. Como sugestões à formação docente podem ser realizadas na dimensão escolar ou em rede, oficinas de construção e utilização de jogos, brinquedos e brincadeiras, considerando os pressupostos teóricos e principalmente os aspectos e fases do desenvolvimento infantil; mobilização das instituições educativas fomentando a importância do desenvolvimento global infantil através das interações e brincadeiras compartilhando as ações com as famílias e a comunidade; resgate e valorização da cultura infantil e da cultura popular através de ações como: realização de oficinas, amostras e exposições como forma de socialização, trocas de experiências e produção cultural.  (BARBOSA, 2013, p.16)

 

           Contribuir para que a infância tenha o devido espaço para vivenciar suas e experiências e descobertas sociais. E deixar suas vozes e marcas como verdadeiros sujeitos de direitos que também fazem parte da história.

6 REFERÊNCIAS
ANDRÉ, Marli E. A pesquisa no Cotidiano Escolar.In: Metodologia da Pesquisa Educacional / Ivani Fazenda (org.). 8. ed. Biblioteca da Educação, série I, Escola; v. 11.São Paulo, Cortez, 2002.
BARBOSA, Claudinéia da Silva. Afetividade, Psicomotricidade e Inteligências Múltiplas: Possibilidades e Desafios na Mediação do Desenvolvimento Global na Infância. Trabalho de conclusão de curso à título de Especialista em Educação Infantil pela Faculdade Internacional de Curitiba - SC (FACINTER / UNINTER) modalidade EaD PAP Itaberaba-Ba, 2013. Artigo aprovado em publicado no site Slide Sharehttp://pt.slideshare.net/azulestrelar/afetividade-psicomotricidade-e-inteligencias-multiplas-tcc-especialista-em-educao-infantil-claudineia-da-silva-barbosa-110713
BARBOSA, Claudinéia da Silva. O Teatro na Educação. Trabalho de conclusão de curso/ Artigo. À título Licenciada em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia. UNEB/DEDC-XIII, Itaberaba-Ba.  Artigo aprovado em 16/03/2012 e publicado no site Slide Share em 26/02/2013 - http://pt.slideshare.net/azulestrelar/o-teatro-na-educao-artigo-claudineia-da-silva-barbosa. Com 6909 visualizações em 23.06.2014.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria do Ensino Fundamental. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC/SEF, 1996.
______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília : MEC, SEB, 2010.
______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: MEC/SEF, 1997. 130p.
KRAMER, Sonia. O que é básico na escola básica? Contribuições para o debate sobre o papel da escola na vida social e na cultura. In: KRAMER, Sonia, LEITE, Maria Isabel. Infância e produção cultural. São Paulo: Editora Papirus, 1998.
Livro de estudo: Módulo II / Karina Rizek Lopes, Roseana Pereira Mendes, Vitória, Líbia Barreto de Faria, organizadoras. – Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, 2005. 70p. (Coleção PROINFANTIL; Unidade 3).
LOWENFELD, Vitor. BRITTAIN, W. L. O Significado de Arte para a Educação.In: Desenvolvimento da Capacidade Criadora. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
Resolução CNE/CNB 05/2009. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de dezembro de 2009, Seção 1, p. 18.

SLADE, Peter. O jogo dramático infantil. Tradução Tatiana Belinky. Direção de edição Fanny Abramovich). São Paulo: Sumus, 1978.

WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança / Henri Wallon; com introdução de ÉmileJally; tradução Cláudia Berliner; revisão técnica Izabel Galvão. – São Paulo: Martins Fontes, 2007. – (Coleção psicologia e pedagogia).

 

[1]Pedagoga e Especialista em Educação Infantil pela UNEB/DEDC-XIII e Faculdade Internacional de Curitiba - SC (FACINTER / UNINTER) modalidade EaD PAP Itaberaba-Ba, 2013.
[2]Professora Orientadora: MÁRCIA REGINA MOCELIN – Doutoranda em Educação (2011-2014) – Universidade Tuiuti do Paraná (UTP); Mestre em Educação (2007) – Universidade Tuiuti do Paraná (UTP); Especialista em Educação de Jovens e Adultos (1998) – IBPEX; Licenciada em Educação Artística/Música (1996) – UFPR (Universidade Federal do Paraná); Licencianda em Pedagogia (2011 -2015) UNINTER (Centro Universitário Internacional Uninter); Orientadora de TCC do Centro Universitário Internacional Uninter.
[3]O Teatro na Educação. Trabalho de conclusão de curso. À título Licenciada em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia. UNEB/DEDC-XIII, Itaberaba-Ba.  Artigo aprovado em 16/03/2012 e publicado no site Slide Share em 26/02/2013. Com 6909 visualizações em 23.06.2014.
[7] Estou atuando como Técnica no Apoio Pedagógico da Educação Infantil pela SMED desde 2012.
[8] Link para acesso ao canal através do blog Cultura, Educação &Inter@tividade na Infância: http://interagiraquieagora.blogspot.com.br/p/blog-page.html
 


Amooooo! Essa é minha outra paixão!!!!
 
 
 
Em breve compartilharei coisas lindas e apaixonantes com vocês!
 
Bjins coloridos!
 
Claudinéia Essênciah
 
 


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