Bruxas nas Culturas e nas Histórias!!!!!
Por Claudinéia Barbosa
Análise*
Origem das Bruxas:
Breve Histórico
Bruxa em sânscrito significa “mulher sábia”. Constam relatos de que elas existam desde os primórdios da humanidade. A primeira demonstração da arte de devoção foi encontrada em cavernas do período neolítico, onde havia ilustrações dos rituais de adoração às deusas da fertilidade dos povos primitivos. Cultuam a natureza feminina da criação e realizam rituais considerados sagrados em seus costumes e crenças. Civilizações como celtas e druidas entre outras, são as mais referendadas sobre as culturas das bruxas constituindo um modo de vida considerado pagão por ter registros datados antes da chamada era cristã.
Considerada um modo de vida, a Bruxaria ou Wicca é característica cultural e religiosa de alguns países europeus, os quais são originários dos povos Druidas e Celtas. No contexto religioso, eram sacerdotes e sacerdotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade, a deusa mãe. Rituais de caça e cerimônias de cura sempre estiveram presentes nos símbolos e metáforas de cada cultura. A figura feminina tinha um papel preponderante.
Na Grã-Bretanha as sacerdotisas druidas e celtas estavam divididas em três classes: As que viviam em conventos num regime de celibato. As outras duas classes, que eram das sacerdotisas, podiam se casar e viver nos templos ou com os maridos e família.
Com a era do cristianismo, foram denominadas “Bruxas” significando seres heréticos, demoníacos e foram perseguidas por muito tempo. As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Um dos métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do considerado Santo Ofício consistia na comparação do peso da ré com o peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural. Princípios como crença na reencarnação e comunicação com o mundo invisível e praticas holísticas de curas eram condenações do ponto de vista dos que queriam instituir o poder.
A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de Bruxaria Tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos, via de regra ocultos. Hoje também pode-se encontrar uma vasta quantidade de livros e sites que explicam a "Antiga Religião" mas geralmente se tratam de Wicca. Os rituais wiccanos contêm elementos simbólicos como o círculo, o pentagrama, a estrela de três pontas relativa a Deusa que é geralmente retratada como uma Deusa tríplice, sendo cultuada em seus três aspectos a virgindade, a fertilidade e a sabedoria; e com as energias da natureza por exemplo, os quatro elementos. Bruxas e bruxos consideram o axioma “Faça como quiser, sem prejudicar ninguém” que é a lei universal de causa e efeitos.
Análise: Como a Bruxa tem sido representada nos contos?
A afirmativa de existência de bruxas à forma retratada em registros da Idade Média, incluindo histórias infantis que permaneceram em evidência até os dias atuais, admite-se uma ressalva: elas parecem ter existido apenas no imaginário popular como uma velha louca por feitiços enigmáticos, surgidas na esteira de uma época dominada por medos. Distorcendo qualquer manifestação analítica ou mesmo a crença na existência de um modo de vida baseado em princípios como crença na reencarnação e comunicação com o mundo invisível e práticas holísticas de curas os quais incluem rituais simbólicos que motivasse a auto observação e elevação pessoal e grupal.
Assim, no imaginário popular a bruxa é concebida como uma mulher velha, nariguda e encarquilhada, exímia e contumaz manipuladora de magia negra e dotada de uma gargalhada terrível, perpetua-se nas histórias e contos em grande parte da nações. Alimentando e ampliando o preconceito com civilizações e seus princípios, atribuindo a essa figura cultural, valores inferiorizados. Demonstrando falta de respeito à diversidade, criando uma cultura de conceitos estereótipados e vazia de sentimentos. Que antes de compreender um processo antropológico, aprende a estigmatizar e repetir pontos de vistas proconceituoso.
É perceptível que para as crianças, a relação medo e aventura imaginária que se desencadeiam durante as reações no desenrolar das contações de jogos simbólicos permitidos na criação de história, tem significações para o seu desenvolvimento. Mas a conceituação atribuida ao uso da figura de um personagem cultural de forma que o denegrine é inconcebível. Semelhante processo vem ocorrendo com a figura do negro, com a figura nordestina, com padrões estéticos e de gênero enfim. Construções criativas que seduzem e estimulam o universo imaginário infanto-juvenil, mas que (as vezes sutilmente) é prejudicial à uma figura que tem valor cultural próprio.
Referências:
http://interagiraquieagora.blogspot.com.br/2012/10/bruxas-na-cultura-e-nas-historias.html
http://interagiraquieagora.blogspot.com.br/2012/10/bruxas-na-cultura-e-nas-historias.html
Celtas e Druidas: História e Cultura
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