terça-feira, 10 de setembro de 2013

Os bebês na sociedade contemporânea


Claudinéia da Silva Barbosa[1]

 
A sociedade atual tem sido marcada pela urgência e pela falta de tempo. E quando ocorre a falta de tempo para a família é grave. A situação é crítica quando esta ausência interfere na relação mamãe e bebê. Esta situação demonstra ser sensivelmente grave. Consideramos que este é o primeiro vínculo de comunicação, cuidado orientação humana e referência social na vida do bebê.

O considerado progresso da contemporaneidade tem sido paralelo a essa situação de fragilidade dos laços familiares, ou seja, justo no momento em que a sociedade começa a construir novos conceitos e a desenvolver um “olhar sensível” em relação à infância e suas etapas de desenvolvimento, ocorre também o fenômeno cultural da ausência ou falta de tempo para que a família, e mais especificamente a figura materna, esteja junto com a criança.

Para os pais e mães que trabalham e não têm tempo para acompanhar seus filhos, restam então as alternativas de contratar uma babá ou matricular o bebê numa creche. A escolha entre uma ou outra alternativa depende muito da concepção de desenvolvimento infantil que os pais e as mães têm. As duas serão apropriadas desde que os profissionais tenham a devida formação e habilidades adequadas para cuidar e orientar a criança compreendendo as etapas de desenvolvimento nesta fase. Esta é uma situação real. O ideal seria o bebê estar com a família, construindo vínculos com a figura materna e ampliando suas interações com os demais parentes.

Considerando então, a situação real, o berçário pode ser um espaço que propicie o desenvolvimento interativo com maiores possibilidades de estímulos, por ser um ambiente em que o bebê encontrará outros bebês, outros adultos e diferentes experiências planejadas com intencionalidade educativa e de descobertas. Onde será observado e avaliado em suas etapas de desenvolvimento. Não que em casa não possa acontecer essa organização, mas, no berçário estas experiências são sistematizadas e correspondem a uma das finalidades da instituição. Além do mais, se considerarmos as diferentes estruturas de famílias, compreenderemos que nem todas poderão proporcionar as experiências e estímulos de que os bebês necessitam ao se tratar de aspectos como a maternagem e os devidos cuidados primários que a mãe ou as mediadoras devidamente habilitadas fazem.

Contudo é importante considerar que, mesmo a babá ou as mediadoras que atuem nos berçários, precisam ter as habilidades de cuidado, ressonância emocional e concordância afetiva[2] tanto para fazer as intervenções necessárias com os bebês quanto com a família.  Para atender as necessidades emocionais da forma mais satisfatória possível. Como nos elucida, Golschmied e Jackson (2006, p.57) “O amor é aprendido através do amar, sabemos pelo trabalho de Ruldolf Schaffer (1977) que, ao final de seu primeiro ano, a maioria das crianças já formou vínculos com muitas pessoas diferentes”. Percebendo que ainda que estejam na coletividade, os bebês têm ritmo de maturação individual.  

Disponível também no Site:
http://www.slideshare.net/azulestrelar/os-bebs-na-sociendade-contempornea-claudinia-barbosa-curso-de-psicologia-escolar-na-ed-infantil-atividade-do-md-3




[1] Pedagoga pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB (2012) e Especialista em Educação Infantil pela Universidade Internacional de Curitiba – UNINTER (2013).
[2] Psicóloga Ms. Vivien Rose Bock através da vídeo aula do módulo III.

Nenhum comentário:

Postar um comentário