Atendendo a uma das metas do plano de ações estratégicas da Secretaria
Municipal de Educação, a Formação Continuada para Professores e Coordenadores
da Educação Infantil da Rede Pública Municipal, organizada pela Coordenação de
Educação Básica e Apoio Pedagógico através da Equipe Técnica da Educação
Infantil ofereceu o Mine Curso Teatro e Educação na Infância: Jogo Dramático
Infantil.
Com base na pesquisa sobre o Teatro na Educação[1],
realizada em 2012 com professores de Educação Infantil e Séries Iniciais. Esta
apontou indicadores que contribuíram para a ressignificação do
ensino-aprendizagem envolvendo linguagem teatral. Destacando o que foi considerado
por alguns docentes que conceituam o teatro como “um tipo de linguagem
acessível a todos, que contribui significativamente para o desenvolvimento
social, intelectual e emocional dos envolvidos. E que o teatro estimula os
educandos em diversos aspectos que levam ao aprendizado”.
As
docentes demonstram que compreendem a necessidade e a importância do Teatro na
Educação e ressalta isso, muitas vezes em suas falas, o quanto essa linguagem
artística pode contribuir para o desenvolvimento dos educandos. O que lhes falta para ampliar essa prática
educativa é o conhecimento específico que a arte teatral – como qualquer outra
linguagem ou área de ensino – exige: a técnica e os fundamentos teóricos e
metodológicos. O interesse e a satisfação das crianças nas aulas,
envolvendo-se e expressando-se através de suas habilidades criativas, também
são indicadores de que o Teatro na educação possibilita a aprendizagem
significativa e prazerosa, intensificando o desenvolvimento das mesmas.
2. Mine Curso Teatro e Educação na Infância:
Jogo Dramático Infantil.
Essa proposta surgiu da necessidade de ampliação de habilidades
artísticas na prática pedagógica e busca envolver os profissionais docentes da
Educação Infantil, considerando seus conhecimentos e práticas enquanto atuantes
neste segmento a partir da iniciação de processos investigativos das próprias
habilidades e expressão criativa através dos jogos dramáticos e teatrais a
serem realizados neste mine curso. Propomos também aos profissionais, a reflexão e reconhecimento sobre as
próprias potencialidades artísticas. Com a finalidade de que estes possam
através dos seus planejamentos e práticas pedagógicas envolver as crianças na
expressão das múltiplas linguagens considerando e respeitando as suas
capacidades e habilidades,estimulando-as através dos jogos dramáticos
infantis. Percebendo-os como seres potencialmente criativos e que apresentam
múltiplas inteligências.
A fundamentação dessa proposta segue a linha teórica das Inteligências
Múltiplas discutidas por Gardner. Focalizou as contribuições de Peter Slide e
Lílian Dória, observando os conceitos sobre Jogo Dramático Infantil. Propõe
algumas sugestões de jogos de Olga Reverbel e levando em consideração as
Orientações Municipais, ou seja, as Diretrizes Curriculares para a Educação
Infantil.Tendo como meta:
Conhecimento dos conceitos teóricos e metodológicos para a ação educativa através do jogo dramático infantil;
Estimulo do potencial criativo nas profissionais docentes da Educação Infantil, para que continuem construindo personagens, realizem apresentações teatrais para as crianças apreciarem;
Formação e Motivação para que promovam o estimulo da expressividade criativa das crianças nutrindo as expressões de jogo dramático infantil.
3. As ações da proposta neste mine curso buscou
corresponder aos objetivos específicos:
Compreender a importância da teoria das “Inteligências Múltiplas” e o conceito de “múltiplas linguagens” relacionadas à prática de Jogo Dramático na Educação Infantil;
Diferenciar jogos teatrais dos jogos dramáticos;
Compreender que crianças de até cinco anos expressam jogos dramáticos;
Reconhecer-se como ser potencialmente criativo;
Iniciar processos investigativos das próprias habilidades e expressão criativa através dos jogos dramáticos e teatrais;
Vivenciar algumas técnicas de expressões teatrais;
Avaliar as vivências neste grupo de formação;
Planejar, desenvolver e sugerir jogos dramáticos encaminhando devolutiva via e-mail para a equipe Técnica;
4. Metodologia
A formação de professores e coordenadores foi organizada em seis
encontros distribuídos conforme o cronograma: 23 e 30/10/13 (matutino e
vespertino) à 01 e 13/11/13 ( matutino) O desenvolvimento das ações foi
realizado em três etapas: Recepção, estudo teórico e momento de vivências, fruição
e investigação: As professoras que participaram estavam em seu turno de
serviço.
Recepção, momento em que Técnicas da Educação Infantil, organizadoras e
mediadoras do mine curso recepcionaram os professores participantes com a sala
organizada, com música ambiente e instigando-as com as perguntas: Você já
brincou de jogo dramático? Você gosta de brincar de teatro? Ainda neste momento
foram realizadas dinâmicas de integração e reconhecimento de si enquanto ser
potencialmente criativo.
O segundo momento realizou-se Estudo Teórico sobre a importância da
teoria das “Inteligências Múltiplas” e o conceito de “múltiplas linguagens”
relacionadas à prática de Jogo Dramático na Educação Infantil; Conceito e
diferenciação de jogos teatrais dos jogos dramáticos; Reflexão das práticas já
vivenciadas pelos professores, considerando Orientações das Diretrizes
Curriculares para a Educação Infantil sobre os contextos dos Eixos de Conhecimentos
presentes na matriz curricular deste segmento de ensino. As orientações na estrutura
dos Referenciais e das Diretrizes estão consonância com os estudos da Ana Mae
Barbosa sobre a proposta triangular – Apreciação, Contextualização e Fazer
Artístico.
O terceiro momento foi projetado para as vivências, fruição e investigação.
Iniciar processos investigativos das próprias habilidades e expressão criativa
através dos jogos dramáticos e teatrais; Vivenciar algumas técnicas de
expressões teatrais; Avaliar as vivências neste grupo de formação.
Como parte da metodologia foi também solicitado das participantes: Planejar,
desenvolver momento de investigação de jogo dramático com as crianças de sua
turma ou grupo e sugerir um jogo, encaminhando devolutiva via e-mail[2]
para a equipe técnica. Esta ação será computada também como carga horária domine curso.
Foi solicitado antecipadamente dos participantes: Que comparecem com
roupas leves e flexíveis que lhes permitam movimentar-se livremente e tragam um
elemento cênico (fantasia, máscara, peruca, avental ou outro que já tenha
construído).
5. Devolutivas dos (as) Professores (as) configurada em coletânea de jogos.
COMPARTILHANDO
DIVERSÃO E DESCOBERTASé
o resultado de uma proposta de investigação sobre o Jogo Dramático Infantil,
algo que ocorre naturalmente nas vivências das infâncias, mas que precisa ser
percebido como experiência potencial do desenvolvimento nesta fase. No
cotidiano das instituições de Educação Infantil estas experiências são
intensificadas devido à diversidade e socialização nasinterações entre as
crianças. A expressão de jogos dramáticos na infância é uma ação natural. É o
“se” mágico que conhecemos como faz-de-conta. A ponte imaginária que faz a criança expressar para o mundo exterior, o
potencial criativo e emocional do seu mundo interior. E sob olhar sensível de
Peter Slade “O jogo dramático infantil é uma forma de arte por direito próprio;
não é uma atividade inventada por
alguém, mas sim o comportamento real dos seres humanos.” Ao olhar, sentir,
tocar e ouvir cada criança mergulhamos em universos diferentes, de
possibilidades de descobertas, de aprendizagem e de desenvolvimento próprios.
São múltiplas oportunidades que fazem o olhar profissional ficar mais atento. Mas
como os professores percebem e mediam estas oportunidades de descobertas?
Referencias:
DORIA,
Lília Maria Fleury Teixeira. O jogo dramático infantil in Metodologia do Ensino
das Artes Linguagens do Teatro / Lília Maria Fleury Teixeira Dória. – Curitiba:
Editora IBPEX, 2009 – (Coleção Metodologia do Ensino de Artes; v.7)
ITABERABA.
Conselho Municipal de Educação. Secretaria Municipal de Educação. Coordenação
de Educação Básica e Apoio Pedagógico. Diretrizes Curriculares Municipal para
Educação Infantil – Revisão 2012. CME/SMED/CEBAP, 2012.– Itaberaba – BA.
REVERBEL,
Olga. Jogos Teatrais na Escola. Atividades Globais de Expressão. 1a Edição. São
Paulo. Editora Scipione. 2006. (Pensamento e Ação para o Magistério)
SLADE,
Peter. Jogo Dramático Infantil / Peter Slade: (Tradução de Tatiana Belink;
direção de Edição Fanny Abramovich). – São Paulo: editora Summus, 1978. ( Novas
Buscas em Educação v 2)
Como pode ser percebida nos estudos anteriores, a concepção sobre o
desenvolvimento social do bebê, que enquanto se constitui sujeito social,
interage primeiro com a figura materna. Essa interação vai se ampliando com as
demais pessoas do seu convívio mais próximo. Tendo cada qual, significativo
papel para o desenvolvimento da criança. O papel da figura paterna, por
exemplo, é extremamente importante no início da fase escolar, quando este deve
estar mais presente, colaborando para que o vínculo mãe-bebê, mamãe-criança
tenha menos impacto na separação. Como acontece nos casos em que o pai vai levar
a criança para escola e observa-se que esta chora menos do que se fosse a mãe
ao levá-la.
Assim como a figura paterna tem função especial que colabora no
desenvolvimento da criança, outras pessoas também contribuem ao longo da
interação social que a criança constrói. Mas como todo processo evolutivo,
especialmente do ser humano, se dar num contexto histórico e social, é preciso
considerar um fator muito importante no desenvolvimento infantil. As
configurações familiares na sociedade contemporânea. Esse é um dos principais
fatores que a escola precisa ter em vista desde quando prepara suas propostas e
prática educativas para atender as crianças até o contato mais próximo com as
famílias.
Os encontros entre família e escola
são importantíssimos para o bom relacionamento dialógico e consequentemente
para o desenvolvimento da criança. Estes momentos se configuram em reuniões
para trocas de informações, que podem ser solicitados pela família ou pela escola.
É bastante comum a equipe pedagógica chamar a família para reuniões ao longo do
ano letivo. Atualmente estas reuniões estão se ampliando atendendo aos variados
assuntos que objetivam a interação família-escola. A entrevista inicial, as entrevistas
de trocas de informações sobre o desenvolvimento da criança tem sido uma
prática da iniciativa escolar. Observando um fator característico da sociedade
contemporânea, que é o pouco tempo dos pais para estar com seus filhos. A
responsabilidade do cuidado e educação tem sido apoiada muitas vezes na escola.
Daí a preocupação dos profissionais
docentes buscar conhecer melhor a criança e a família através de reuniões e
entrevistas.
Atentos para sensível cuidado ao indagar aos pais, compreendendo o quanto
eles conhecem sobre o desenvolvimento do filho, na entrevista escolar é preciso
ter ainda a compreensão de como está o relacionamento entre pais e filhos,
considerando a configuração familiar, as expectativas dos pais em relação aos
filhos e entender os mecanismos de defesa. Este conhecimento pode ser adquirido
através das entrevistas de trocas de informações. Especialmente as presenciais
onde se estabelece o vínculo de confiabilidade.
É fundamental que ao tratar do desenvolvimento da criança, o profissional
docente e/ou o psicólogo escolar expresse com precisão e cuidado, sobretudo nos
casos em que o desenvolvimento está comprometido por algum fator que requeira
uma atenção maior dos pais. Evitando com isso feri-los ou causar-lhes a
sensação de culpa.
Esta situação se torna mais delicada ainda quando na rotina/espaço escolar
há necessidade desse atendimento entre professores e pais-professores entrevistados
são colegas professores/as da mesma escola, e seus filhos, também apresentam
comportamentos que tragam preocupação. Outras vezes, as professoras aproveitam
para tratar de assuntos particulares das crianças em horário de trabalho com a
colega/professora dos filhos. Para atender esta demanda é necessário que haja
acordo entre equipe pedagógica. Considerar a rotina escolar, organizando o
momento adequado para que o pai e/ou mãe/professores possam ser atendidos sem
comprometer seu espaço/tempo pedagógico. Para este atendimento rege os mesmos
princípios de cuidados nos momentos de entrevistas, assim como as solicitações
de acompanhamento por parte da família.
As solicitações de reuniões por parte dos pais/família geralmente são
feitas, quando buscam ajuda profissional para falar de seus problemas. Bastante
característica nos espaços clínicos. Quando
estas buscas ocorrem no espaço escolar, a equipe pedagógica deve estar
organizada para este atendimento, acolhendo o que os pais/família trazem e que
entendem como problema. Mediar e intervir nos casos que sejam da atribuição e
responsabilidade escolar. E encaminhar para quem de direito, os casos que forem
identificados pela escola, mas que estão para além da responsabilidade escolar,
no sentido de ajudar a família e a criança. Acionando-os sempre em comum acordo
com pais/ família.
Ao atender as solicitações de pais/família ou convidar estes para reuniões
é necessário que se faça registros desses momentos. A equipe pedagógica precisa
também ressaltar aspectos positivos tanto do desenvolvimento da criança, como
do relacionamento família escola, situando com isso a necessidade de que esse
vínculo família-escola precisa ser saudável e que tem como meta principal
proteger e auxiliar a criança para que seu desenvolvimento seja pleno.
[1]Atividade do Módulo VII do curso Psicologia Escolar na
Educação Infantil. Coordenado pela Psicóloga Ms. Vivien Rose Bock. Centro de
Aperfeiçoamento em Psicologia Escolar – CAPE / Núcleo de Educação à Distância.
01.09.2013
[2] Pedagoga pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB (2012) e Especialista em
Educação Infantil pela Universidade Internacional de Curitiba – UNINTER (2013).
Comovente História escrita por Hans
Christian Andersen
Se é triste conviver com as dificuldades que as crianças vivenciam em nosso país tropical, imagine a realidade das crianças que passam por dias difíceis no inverno rigoroso?
Fazia
um frio terrível; caía a neve e estava quase escuro; a noite descia: a última
noite do ano. Em
meio ao frio e à escuridão uma pobre menininha, de pés no chão e cabeça
descoberta, caminhava pelas ruas.
Quando saiu de casa trazia chinelos; mas de
nada adiantavam, eram chinelos tão grandes para seus pequenos pézinhos, eram os
antigos chinelos de sua mãe. A menininha os perdera quando escorregara na
estrada, onde duas carruagens passaram terrivelmente depressa, sacolejando.
Um dos chinelos não mais foi encontrado, e um
menino se apoderara do outro e fugira correndo.
Depois disso a menininha caminhou de pés nus -
já vermelhos e roxos de frio. Dentro de um velho avental carregava alguns
fósforos, e um feixinho deles na mão. Ninguém lhe comprara nenhum naquele dia, e ela
não ganhara sequer um níquel. Tremendo de frio e fome, lá ia quase de rastos
a pobre menina, verdadeira imagem da miséria! Os flocos de neve lhe cobriam os longos
cabelos, que lhe caíam sobre o pescoço em lindos cachos; mas agora ela não
pensava nisso.
Luzes brilhavam em todas as janelas, e enchia
o ar um delicioso cheiro de ganso assado, pois era véspera de Ano-Novo.
Sim: nisso ela pensava!
Numa esquina formada por duas casas, uma das
quais avançava mais que a outra, a menininha ficou sentada; levantara os pés,
mas sentia um frio ainda maior.
Não ousava voltar para casa sem vender sequer
um fósforo e, portanto sem levar um único tostão.
O pai naturalmente a espancaria e, além disso,
em casa fazia frio, pois nada tinham como abrigo, exceto um telhado onde o
vento assobiava através das frinchas maiores, tapadas com palha e trapos. Suas
mãozinhas estavam duras de frio.
Ah! bem que um fósforo lhe faria bem, se ela
pudesse tirar só um do embrulho, riscá-lo na parede e aquecer as mãos à sua
luz!
Tirou um: trec! O fósforo lançou faíscas,
acendeu-se.
Era uma cálida chama luminosa; parecia uma
vela pequenina quando ela o abrigou na mão em concha... Que luz maravilhosa!
Com aquela chama acesa a menininha imaginava
que estava sentada diante de um grande fogão polido, com lustrosa base de
cobre, assim como a coifa.
Como o fogo ardia! Como era confortável!
Mas a pequenina chama se apagou, o fogão
desapareceu, e ficaram-lhe na mão apenas os restos do fósforo queimado.
Riscou um segundo fósforo. Ele ardeu, e quando a sua luz caiu em cheio na
parede ela se tornou transparente como um véu de gaze, e a menininha pôde
enxergar a sala do outro lado. Na mesa se estendia uma toalha branca como a
neve e sobre ela havia um brilhante serviço de jantar. O ganso assado fumegava
maravilhosamente, recheado de maçãs e ameixas pretas. Ainda mais maravilhoso
era ver o ganso saltar da travessa e sair bamboleando em sua direção, com a
faca e o garfo espetados no peito!
Então o fósforo se apagou, deixando à sua
frente apenas a parede áspera, úmida e fria. Acendeu outro fósforo, e se viu sentada
debaixo de uma linda árvore de Natal. Era maior e mais enfeitada do que a
árvore que tinha visto pela porta de vidro do rico negociante. Milhares de
velas ardiam nos verdes ramos, e cartões coloridos, iguais aos que se vêem nas
papelarias, estavam voltados para ela. A menininha espichou a mão para os
cartões, mas nisso o fósforo apagou-se. As luzes do Natal subiam mais altas.
Ela as via como se fossem estrelas no céu: uma delas caiu, formando um longo
rastilho de fogo.
"Alguém está morrendo", pensou a
menininha, pois sua vovozinha, a única pessoa que amara e que agora estava
morta, lhe dissera que quando uma estrela cala, uma alma subia para Deus.
Ela riscou outro fósforo na parede; ele se
acendeu e, à sua luz, a avozinha da menina apareceu clara e luminosa, muito
linda e terna.
-
Vovó! - exclamou a criança.
- Oh! leva-me contigo!
Sei que desaparecerás quando o fósforo se
apagar!
Dissipar-te-ás, como as cálidas chamas do
fogo, a comida fumegante e a grande e maravilhosa árvore de Natal!
E rapidamente acendeu todo o feixe de
fósforos, pois queria reter diante da vista sua querida vovó. E os fósforos
brilhavam com tanto fulgor que iluminavam mais que a luz do dia. Sua avó nunca
lhe parecera grande e tão bela. Tornou a menininha nos braços, e ambas voaram
em luminosidade e alegria acima da terra, subindo cada vez mais alto para onde
não havia frio nem fome nem preocupações - subindo para Deus.
Mas na esquina das duas casas, encostada na
parede, ficou sentada a pobre menininha de rosadas faces e boca sorridente, que
a morte enregelara na derradeira noite do ano velho.
O sol do novo ano se levantou sobre um pequeno
cadáver.
A criança lá ficou, paralisada, um feixe
inteiro de fósforos queimados. - Queria aquecer-se - diziam os passantes.
Porém, ninguém imaginava como era belo o que
estavam vendo, nem a glória para onde ela se fora com a avó e a felicidade que
sentia no dia do Ano Novo.
Multiplicação Inicial do curso de Capacitação de Auxiliares de Bibliotecas.
Fui convidada para realizar a contação de um história e falar sobre a importância de ler e contar histórias para as crianças pequenas, onde ressaltei que para esse público é interessante utilizar diferentes estéticas, recursos e estratégias.
Patrimônio rico e cultural da humanidade nascido a partir da sabedoria popular dos Mestres e Griôs que vão transmitido às gerações.
Apresentei uma forma de contar a história A Margarida Friorenta*
utilizando estética realista , recursos de maquete e objetos 3D e estratégia narrativa e interativa com o público ouvinte.
Realizei a contação da história e depois fomos refletir sobre quais intervenções necessárias, além da interatividade e olhar sensível junto às crianças.
Ocorreu também a oficina de produção de fantoches, com experimentações intrigantes!
Foi um momento bastante instigante!
Pois a maioria dos participantes são atuantes na área de Educação e reconhecem que ler ou contar história para crianças é realmente uma viagem fantástica.