segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Adaptação Escolar


Equipe Pedagógica e Família:
Lidando com a adaptação da criança pequena na escola.[1]

 
 
Psicologia Escolar na Educação Infantil
Claudinéia da Silva Barbosa[2]
 
As transformações sociais tem levado a família a passar por mudanças cada vez mais visíveis. Isso tem influenciado na relação família-criança, na educação e no desenvolvimento desde a primeira infância. O ingresso das crianças na vida escolar tem sido cada vez mais cedo, inserindo-as assim no modelo de rotina do adulto. Hora de ir para a escola, adaptação ao ambiente e à pessoas novas e consequentemente maturação do comportamento.

Como já foi muito citada por diversos autores, a criança tem ritmo de desenvolvimento próprio. A realidade que precisam enfrentar diante das situações de separação devido ao ingresso e adaptação a novos ambientes, como por exemplo, a escola, segundo Bock[3] (1996, p. 8), “[...] dificuldade de entrar na escola deve ser vista não apenas como uma dificuldade do aluno, mas de sua interação familiar.” O que muitas vezes causam a preocupação nos profissionais escolares, pois isso gera dificuldades no processo de intervenção.

A situação em que uma criança de um pouco mais que dois anos, retornou à instituição educativa depois das férias, e que não queria entrar na sala de aula e agarrava-se à mãe, chorando e não a deixando ir embora, deixando a mãe preocupada porque não tinha acontecido isso antes, quando a criança tinha entrado a primeira vez com um ano e meio. Nesta situação há fatores delicados para serem considerados e mediados. O nível de maturidade da criança passou por mudanças, a relação construída com a família pode ter passado por momentos marcantes de estreitamentos (temporada de férias) entre outras situações sensíveis que possam ter ocorrido. A intervenção mais comum a ser feita é sempre o trabalho junto com a família desde a fase inicial de adaptação. Diálogo com a família e com a criança é estratégia fundamental. Evitar enganar a criança e dar ciência à família de que é preciso ter confiança na mediação escolar.

Ao receber a criança que ainda tem um vínculo muito forte com a mãe, é necessário que conversar com a família, conscientizando de que o comportamento da criança é natural e alcançará maturação em seu tempo, e o que a família pode fazer para ajudar nesse processo é trazer a figura paterna para está mais presente neste momento. Por exemplo, o pai levará a criança para escola, e mãe poderá buscá-la. Criar combinados com a criança, quanto a essa organização e cumprir o que foi acordado.

Quanto à situação em que a mãe, para ter certeza que a filha não sofria, vinha dar um “tchauzinho”, pois também não queria sair sem que ela soubesse, como se estivesse enganado a filha. Tem um lado positivo que é a compreensão de que não se pode mentir para a criança, e que sendo honesta, ganhará a confiança dela. Isso é respeitar os sentimentos da criança enquanto ser humano, que aprenderá a expressar-se com a verdade e emoções. Mas por outro lado causa desconforto em relação a dinâmica da sala de aula, desestabilizando a relação de integração que esteja sendo construída entre a educadora e a criança. Neste caso a intervenção a ser feita é o diálogo direto com a mãe, dando ciência da profundidade da situação e buscando refletir sobre a situação. Evitando que a criança acostume-se a situação de controle e perceba que é capaz de realizar.

Lidar com a adaptação da criança pequena na escola é uma tarefa delicada que precisa ser sensivelmente realizada, proporcionando a integração da criança ao grupo gradativamente. Pois para ficar com pessoas que possam substituir os pais, a criança precisa construir também uma relação de proximidade e confiança. Assim o sentimento de separação entre a criança e os pais, passa a ser desconstruído com mais segurança.

O sentimento de separação apresentado pela criança através de suas expressões emocionais também precisa ser algo compreendido pelas educadoras e pela equipe escolar. Isso favorece na forma de acolhimento durante a fase de adaptação. De tal modo as estratégias poderão se tornar mais eficazes quando a família e a equipe pedagógica trabalharem juntas e com a mesma compreensão buscando alcançar objetivos comuns.  


Atividade do Módulo V – Ingresso e Adaptação Escolar – como auxiliar a criança e sua família no ingresso e permanência na escola, abordando a ansiedade de separação e condutas escolares que facilitam esse processo. Curso Psicologia Escolar na Educação Infantil. Coordenado pela Psicóloga Ms. Vivien Rose Bock. Centro de Aperfeiçoamento em Psicologia Escolar – CAPE / Núcleo de Educação à Distância.
[2]Pedagoga pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB (2012) e Especialista em Educação Infantil pela Universidade Internacional de Curitiba – UNINTER (2013).
[3] BOCK, V.R. O ingresso na vida escolar in Professor e Psicologia Aplicada na Escola. Porto Alegre: Ed. Kinder, 1996.
[4]Imagem de Elena Kucharik

 
 

 





segunda-feira, 16 de setembro de 2013

As Meninas Azul Estrel@r contam a historia do Grande Urso Esfomeado!

Rsrsrs! Vejam só o que confusão para ler uma historia!  
Estas são Mágaly,  Nyah e  Amanda...
Aprontam cada uma... 
 
 
 

Mágaly (Rute Fênix)
Nyah (Lavínia Lazzarott)
Amanda (Claudinéia Essênciah)
 
Personagens do Projeto Azul Estrel@r: Buscando uma forma de inter@gir com você!


Disponível através do link:
http://www.youtube.com/watch?v=KlUh0dK5kWo

Projeto Azul Estrel@r - Apresentação

Hum m!!! Novidades!!!! Adorooooo!!!!!
Mas falando de brincadeira, esse material é de
Janeiro 2013, trabalhoooso...
Mas é lindo!!
 
 
 
 


O Projeto Azul Estrel@r vem fomentar a dimensão cultural do nosso blog.
Que agora é: Cultura, Educação & Inter@tividade na Infância.
Está ficando cada vez mais gostoso!!!!!
 
 
Este projeto é uma atividade sociocultural e educativa, sem fins lucrativos que pretende envolver espaços formais e não formais através de suas ações. Busca interagir com o público infantil e adulto via web com a intenção de trocar impressões e expressões criativas através das artes visuais e audiovisuais. Atuando como uma rede de comunicação e divulgação de produções. As mediadoras atuarão em diferentes situações como: Produção de brinquedos e outros objetos lúdicos ensinando ao publico o passo a passo; interatividade com o público inicialmente a partir de e-mail e blog; divulgação da produção do público convidado ou que estejam em contato; promover apreciação interativa de desenhos animados ou de contação de histórias e entrevistas com profissionais que trabalham com a infância. Autora: Claudinéia Barbosa

As edições serão postadas aqui e disponíveis no meu adorável site You Tube. E não se esqueçam de dar um joinha! Curte!!!!!

Bjins!!! Claudinéia Barbosa

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sexualidade Infantil


As curiosidades e descoberta da sexualidade na fase infantil:
Orientações e intervenções precisam ser sensivelmente compreendidas.[1]


Psicologia Escolar na Educação Infantil
Claudinéia da Silva Barbosa[2]

 
 Conforme a teoria de Freud sobre a sexualidade infantil, a fase fálica ou edípica revela-se por volta dos três a seis anos, fase em que a libido está centrada nas zonas genitais. Por isso as curiosidades e descobertas das crianças estão voltadas para estas questões.

O contato entre as crianças através dos olhares, dos abraços e até mesmo dos beijinhos ocorrem em diferentes níveis desde os momentos espontâneos aos momentos que caracterizam estimulação precoce. Estes diferentes níveis de intencionalidades precisam ser observados e interpretados pelos docentes sob a ótica do desenvolvimento infantil. Cabendo aos docentes a responsabilidade de perceber estas intenções e orientar de forma adequada fazendo as intervenções necessárias com o objetivo de mediar o desenvolvimento das crianças sem prejuízos ou danos.

Conforme as orientações dos referenciais curriculares nacionais para a educação infantil, a sexualidade na infância deve ser conteúdo integrado naturalmente nas propostas pedagógicas. Em casos de comportamentos diferenciados, que apresentam sinais incomuns ao que se espera para a maturidade de uma criança, é necessário fazer investigações. Observar os indícios que aparecem no comportamento dessa criança, o que ela revela através das brincadeiras, das falas implícitas sobre as suas vivências em casa, as atitudes na interação com as outras crianças, o que revela através dos desenhos, etc. Sendo identificada a hipótese de estimulação precoce da sexualidade na criança, é preciso conversar com a família. Para juntas poderem estabelecer formas de observação, cuidado e intervenção.

Quando mais de uma criança na fase de cinco anos, por exemplo, estão revelando curiosidades em relação ao seu corpo e interagindo com outras, buscando referencias no corpo de outras, e buscam fazer isso escondido, é preciso atenção. Pois mesmo que seja curiosidade típica da fase, estas crianças revelam que já compreendem que não podem tocar no corpo do colega e por isso o fazendo escondido. Faz entender que de alguma forma foram “reprimidas” ou orientadas sob a ótica de proibição, direta ou indiretamente. Assim como são estimuladas direta ou indiretamente pela mídia, pelo comportamento dos adultos com os quais convivem, por determinadas expressões culturais através das músicas e danças erotizadas, que sob determinado ponto de vista, naturalizou gestos e comportamentos erotizados.

Toda vivência cultural é experienciada também na escola. Trazida para a escola e levada da escola. Os educadores veem-se no grande desafio de mediar e intervir nos comportamentos excessivos, seja nas questões sobre a violência, seja nas questões sobre a sexualidade, entre outras, tendo como foco a aprendizagem significativa centrada no desenvolvimento da criança ou adolescente.

E no caso outro aluno que frequentemente se masturba na pracinha e, às vezes, em sala de aula, deixando os outros colegas muito agitados ao ponto de se expressarem dizendo: - Olha profi, o Diego tá fazendo aquilo de novo! O menino mesmo assim continua se manipulando.

A intervenção aqui seria inicialmente é necessário fazer investigações mais aprofundadas do que no caso das crianças que estão demonstrando curiosidades. Pois nesta situação o aluno já está demonstrando práticas abertamente. A investigação precisa ser feita junto com a família. A professora precisa ter conhecimento sobre as políticas de proteção à criança e adolescente para poder atuar com segurança e eficiência.

Ao orientar o aluno, é necessário que faça em particular e reservadamente, buscando entender a causa e onde esta criança esta sendo estimulada. Fazer registros sobre as atitudes e as características expressas no comportamento da criança. Entrar em contato com os pais dando ciência do comportamento que a criança apresentando, trocando informações. Identificar a causa e elaborar o plano de intervenção compartilhado com os pais. Hipótese 1: Se a criança está apresentando este comportamento porque está sendo estimulado através de situações que presencia em casa, através da mídia ou situação similar, é necessário um ajuste das atitudes na família, tanto para dar o exemplo quanto para buscar orientar as atitudes da criança. Hipótese 2: Se a causa é estimulação feita por outra pessoa e se caracterizar em ou abuso, é necessário que a professora juntamente com seu coordenador, diretor e psicólogo escolar oriente a família a tomar providências cabíveis (de conselhos familiar à visitas ao psicólogo – caso não tenha esse na escola). Em casos de omissão da família, o dirigente escolar em posse de todos os registros de ocorrências deve acionar o Conselho Tutelar.

Em todas as situações incomuns que a criança apresente e que seja feita observações ou intervenções é necessário que a professora faça registros. Em casos de interlocuções com a família, o dirigente escolar também deve registrar as ocorrências. Situações incomuns no desenvolvimento da sexualidade nas crianças precisam ser estudadas e sensivelmente investigadas e mediadas. Pois podem caracterizar-se em apenas expressões do desenvolvimento que é particular para cada indivíduo, mas podem ser também a indicação de situações de abuso. Para isso as orientações e intervenções precisam ser sensivelmente compreendida e livre da postura e crença do professor.

Disponível também no Site:
http://www.slideshare.net/azulestrelar/sexualidade-infantil-claudinia-barbosa-curso-de-psicologia-escolar-na-educao-infantil-atividade-do-mdulo-4





[1] Atividade Módulo IV – Sexualidade Infantil: Entendendo a curiosidade sexual e abordando manejos dos educadores frente às perguntas e comportamentos de ordem sexual. - Curso Psicologia Escolar na Educação Infantil. Coordenado pela Psicóloga Ms. Vivien Rose Bock. Centro de Aperfeiçoamento em Psicologia Escolar – CAPE / Núcleo de Educação à Distância.
 
[2] Pedagoga pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB (2012) e Especialista em Educação Infantil pela Universidade Internacional de Curitiba – UNINTER (2013)

Imagens de Elena Kucharik
 


 

Os bebês na sociedade contemporânea


Claudinéia da Silva Barbosa[1]

 
A sociedade atual tem sido marcada pela urgência e pela falta de tempo. E quando ocorre a falta de tempo para a família é grave. A situação é crítica quando esta ausência interfere na relação mamãe e bebê. Esta situação demonstra ser sensivelmente grave. Consideramos que este é o primeiro vínculo de comunicação, cuidado orientação humana e referência social na vida do bebê.

O considerado progresso da contemporaneidade tem sido paralelo a essa situação de fragilidade dos laços familiares, ou seja, justo no momento em que a sociedade começa a construir novos conceitos e a desenvolver um “olhar sensível” em relação à infância e suas etapas de desenvolvimento, ocorre também o fenômeno cultural da ausência ou falta de tempo para que a família, e mais especificamente a figura materna, esteja junto com a criança.

Para os pais e mães que trabalham e não têm tempo para acompanhar seus filhos, restam então as alternativas de contratar uma babá ou matricular o bebê numa creche. A escolha entre uma ou outra alternativa depende muito da concepção de desenvolvimento infantil que os pais e as mães têm. As duas serão apropriadas desde que os profissionais tenham a devida formação e habilidades adequadas para cuidar e orientar a criança compreendendo as etapas de desenvolvimento nesta fase. Esta é uma situação real. O ideal seria o bebê estar com a família, construindo vínculos com a figura materna e ampliando suas interações com os demais parentes.

Considerando então, a situação real, o berçário pode ser um espaço que propicie o desenvolvimento interativo com maiores possibilidades de estímulos, por ser um ambiente em que o bebê encontrará outros bebês, outros adultos e diferentes experiências planejadas com intencionalidade educativa e de descobertas. Onde será observado e avaliado em suas etapas de desenvolvimento. Não que em casa não possa acontecer essa organização, mas, no berçário estas experiências são sistematizadas e correspondem a uma das finalidades da instituição. Além do mais, se considerarmos as diferentes estruturas de famílias, compreenderemos que nem todas poderão proporcionar as experiências e estímulos de que os bebês necessitam ao se tratar de aspectos como a maternagem e os devidos cuidados primários que a mãe ou as mediadoras devidamente habilitadas fazem.

Contudo é importante considerar que, mesmo a babá ou as mediadoras que atuem nos berçários, precisam ter as habilidades de cuidado, ressonância emocional e concordância afetiva[2] tanto para fazer as intervenções necessárias com os bebês quanto com a família.  Para atender as necessidades emocionais da forma mais satisfatória possível. Como nos elucida, Golschmied e Jackson (2006, p.57) “O amor é aprendido através do amar, sabemos pelo trabalho de Ruldolf Schaffer (1977) que, ao final de seu primeiro ano, a maioria das crianças já formou vínculos com muitas pessoas diferentes”. Percebendo que ainda que estejam na coletividade, os bebês têm ritmo de maturação individual.  

Disponível também no Site:
http://www.slideshare.net/azulestrelar/os-bebs-na-sociendade-contempornea-claudinia-barbosa-curso-de-psicologia-escolar-na-ed-infantil-atividade-do-md-3




[1] Pedagoga pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB (2012) e Especialista em Educação Infantil pela Universidade Internacional de Curitiba – UNINTER (2013).
[2] Psicóloga Ms. Vivien Rose Bock através da vídeo aula do módulo III.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Assim se Brinca - Série Paralapracá

Maravilhosas Experiências na Educação da Infância!
 
 
Assim se Brinca é o primeiro de uma série de vídeos
 
do Projeto Paralapracá do Programa Educação Infantil do Instituto C&A.
A série conta com as seguintes produções:
 
Assim se Brinca
 
Assim se conta
 
Assim se canta
 
Assim se explora o mundo
 
Assim se faz arte
 
Assim se organiza o ambiente
 
 
Excelente material para a formação de professores  que atuam
na Educação para a Infância.
 
Fonte: Canal redeprimeirainfancia




quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Brincadeira é coisa séria! [1]

Claudinéia da Silva Barbosa[2]


Não é à toa que uma criança que não se sente levada a sério em sua brincadeira, naturalmente ela diz: “Eu não vou mais brincar com você.” Nas entrelinhas a criança expressa inúmeros sentimentos. Também considero a brincadeira/brinquedo como uma forma de linguagem e comunicação expressa e compreendida no universo das infâncias em suas diferentes fases.
          Crianças precisam ter acesso aos brinquedos e brincadeiras da sua geração, da sua cultura, sejam eles sofisticados ou não. Primeiro porque elas são sujeitos históricos e de direitos. E no mais, porque precisam vivenciar as situações lúdicas em toda sua plenitude. Isso não significa, porém que a família tenha que sacrificar-se para comprar brinquedos sofisticados e caros como em muitos casos, sugere a lógica capital das datas comemorativas.
 
Brinquedo na perspectiva de ser “bom presente” se traduz na funcionalidade que ele proporciona enquanto recurso lúdico, ou seja, que permitam a criança expressar suas intencionalidades, criatividade, que provoque interatividade, desperte a curiosidade, entre outras. E que, sobre tudo estimule as infinitas possibilidades que o brincante tem de criar durante a brincadeira. É importante também pensar qual a fase de desenvolvimento e simbolismo em que a criança se encontra para dar-lhe um brinquedo. Algo que seja significativo e de escolha da criança sempre é a opção mais acertada.

Uma atividade essencialmente natural e que não é atributo apenas da espécie humana, o brincar proporciona descobertas e como Bock[3] menciona, “brincar é sinônimo de saúde”. E, como toda ação potencial, passa por processos de maturação. O brincar evolui de acordo com o desenvolvimento do brincante, pois, como um jogo simbólico, por exemplo, entre o bebê e a mãe, passa a ser comunicação e vai se maturando, gerando descobertas e se recriando. Proporcionando aprendizado. Conforme Winnicott (p. 88) “[...] as brincadeiras servem de elo entre a relação do indivíduo com a realidade interior e entre o indivíduo com a realidade externa ou compartilhada.”
Os conceitos trazidos por Winnicott sobre a maternagem ou holding, que dá ao responsável pela criança a função real de mãe, ou seja, que proporciona o cuidado afetivo de que o bebê precisa é altamente relevante para os profissionais envolvidos no trabalho com a primeira infância. Outro conhecimento tão relevante quanto este, é o conceito de objeto transicional. Que dar aos profissionais a possibilidades de ampliar o olhar sensível sobre a importância do brincar/brinquedo para a infância.

Publicado no site:
http://www.slideshare.net/azulestrelar/brincadeira-coisa-sria-claudinia-barbosa-curso-de-psicologia-escolar-na-ed-infantil-atividade-mod-2



[1] Atividade Módulo II - Desenvolvimento Psicossocial do Pré-escolar II Estudo da Teoria de Winnicott - Curso Psicologia Escolar na Educação Infantil. Coordenado pela Psicóloga Ms. Vivien Rose Bock. Centro de Aperfeiçoamento em Psicologia Escolar – CAPE / Núcleo de Educação à Distância.
[2] Pedagoga pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB (2012) e Especialista em Educação Infantil pela Universidade Internacional de Curitiba – UNINTER (2013).
[3] Psicóloga Ms. Vivien Rose Bock através da vídeo aula do módulo II.

Imagem de Elena Kcharik

Historia linda e ecologicamente correta!

Você já se perquntou: Porque Preservar a Natureza?

 
Olá colegas! Vim aqui correndo postar esse livro maravilhoso que
Coordenador Gilmar Barreto sugere...
 
Trata de temas relevantes sobre o cuidado que devemos ter com a Natureza.
Considerando também que nesta obra os assuntos que são discutidos apresentam-se em aulas passeio.
 
Bjins! 
E não deixem de conferir.
Att Claudinéia Barbosa

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Bebê e Mamãe: Primeiro Vínculo Social [1]


Psicologia Escolar na Educação Infantil
Claudinéia da Silva Barbosa[2]
 
 
A primeira linguagem do ser humano é configurada através das expressões e vínculos afetivos. No texto o “Bebê é inteligente”, Kramer apresenta o que o título já diz, reconhecendo de fato que o bebê é uma pessoa. Ainda nos instiga quando questiona: “[...] Será que um bebê é de algumas semanas é capaz de ligar uma manifestação isolada (o som da voz, por exemplo) a um todo (uma pessoa)?” (p. 40- 41). E vai mais profundo ainda, com a questão: “Como ele poderá comunicar a urgência e a natureza de seus desejos e necessidades a outro, prevendo que esse outro será capaz de reconhecê-los, aceitá-los e depois satisfazê-los?” (p.46). São reflexões altamente relevantes para compreendermos como se dar o desenvolvimento do ser infante desde os seus primeiros meses de vida, e que precisam ser considerados em todas as áreas de atuação que envolve o atendimento ao ser humano. E de acordo com teoria sistêmica não estamos isolados, mas nos desenvolvemos através de uma interação dinâmica e interdependente a partir de diversos fatores que compõem um sistema social. 
 
Kramer desenvolve ao longo de seu texto, a concepção sobre o desenvolvimento social do bebê em quanto sujeito que interage primeiro com a figura materna. É o vínculo mãe-bebê que estabelece a construção de uma comunicação que vai se maturando através das trocas, desenvolvendo o que Freud chamou de vínculo simbiótico – acontece quando mãe e bebê são próximos – e a figura materna sabe distinguir os sinais emitidos pelo filho (choros) e o acolhe, correspondendo seus desejos. Estabelece-se aí a comunicação. Que vai se maturando ou como menciona Kramer, “ampliando o vocabulário”. Essa comunicação é alimentada pelo nível de relação afetiva que é construído. E em nível de relação e comunicação estão inteiramente dependentes os aspectos que fazem parte do desenvolvimento infantil.  

A figura materna é essencialmente importante para a constituição do bebê enquanto ser social. Pois é esta a primeira referência de outro que o bebê constrói. Quando em determinada etapa de seu desenvolvimento, compartilham o que Kramer chamou de “sintonia interacional” (p.48) quando estabelecem as interações e intenções. As atitudes da mãe em resposta aos gestos do bebê, ver se aí a comunicação e a estimulação que já se configura com novos elementos além da voz e do toque, mas com a imagem e expressões faciais, mímicas. O que provavelmente evoluirão para cantigas, movimentos corporais mais amplos.

Segundo autora, para que o bebê esteja sensível às mensagens da mãe. Estas mensagens precisam ser repetidas e que eles tenham estabelecido um vínculo. O que nem sempre foi considerado. Esta é uma concepção recente. Aliás, a concepção sobre infâncias, sobre crianças num processo educativo, por exemplo, ainda são relativamente recentes na sua historia e trajetória. Houve um momento na historia que as crianças eram consideradas adultas em miniaturas. Não eram compreendidas em suas especificidades na perspectiva de desenvolvimento. As concepções vêm passando por mudanças a cada época. Atualmente, por exemplo, a experiência educacional com crianças é responsabilidade que precisa ser compartilhada com a família e a sociedade. Os eixos que fundamentam a educação para as infâncias são as brincadeiras e interações, pautadas na indissociabilidade das dimensões cuidar e educar.

Entre outras discussões mais recente ainda, esta primeira etapa da educação básica, precisa ter um currículo específico organizado e que atenda as demandas de acordo com o contexto em que está inserido. Ou seja, há um novo olhar sobre o desenvolvimento infantil que precisa ser redimensionado na formação do profissional que atua diretamente com as infâncias. Sobretudo com a primeira infância, esta fase delicada e extremamente importante no desenvolvimento do ser humano, a qual Kramer, apresenta a figura e vínculo materno como elemento essencial para o desenvolvimento do bebê.

Considerando as observações e pesquisas que tenho feito na minha prática, estudos e interatividade com as crianças, profissionais docentes e coordenadores pedagógicos das Instituições de Educação Infantil da rede municipal, através do acompanhamento e apoio técnico pedagógico da Secretaria de Educação em que trabalho, e também meu olhar sensível às necessidades que apresentam, considera que ainda há muitas possibilidades de conhecimento e práticas que precisam ser garantidos e que os desafios a serem superados.

A começar pela sensibilização e atuação do sistema público ampliando o que já oferece como de formação continuada e acompanhamento das ações. Sistematizando os saberes e monitorando as práticas. Formando a equipe multidisciplinar, disponibilizando por exemplo, de profissionais como Psicólogo Escolar, Assistente Social, Nutricionista, Pediatra, entre outros ligados ao atendimento às infâncias. Efetivando assim, o que chamamos de atendimento de qualidade. Investir na formação dos profissionais de órgão central, para que estes possam promover a formação e o acompanhamento das ações aos profissionais da própria rede. Promover um acompanhamento e orientação familiar mais próximo. Efetivando de fato a responsabilidade social de cada profissional do setor público.

Com isso, é possível considerar que cada nível de atendimento estaria mais bem habilitado e envolvido ao que compete a sua pesquisa, estudo e atuação social. Os conceitos apresentados por Kramer, a partir de seus estudos sobre o vínculo mamãe e bebê é conteúdo que precisa, por exemplo, ser conhecido e refletido por todos desde a família enquanto membros da comunidade civil à todos os profissionais e pesquisadores envolvidos no poder público ou privado. Porque se trata de um novo paradigma. Um novo conceito sobre bebê, que como um ser social não deve ser considerado isolado, e, portanto, está sobre a nossa responsabilidade.

Publicado no site:


[1] Analise crítica do texto “O Bebê é Inteligente” de Kramer, relacionando aspectos do texto com experiência pessoal, profissional, fatos, pesquisas, questões culturais, opiniões pessoais; com atividade do curso Psicologia Escolar na Educação Infantil. Coordenado pela Psicóloga Ms. Vivien Rose Bock. Centro de Aperfeiçoamento em Psicologia Escolar – CAPE / Núcleo de Educação à Distância.
 
[2] Pedagoga pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB (2012) e Especialista em Educação Infantil pela Universidade Internacional de Curitiba – UNINTER (2013).

Imagem de Elena Kucharik




segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Afetividade na Creche: Reflexões sobre as emoções.


Excelente artigo de Mariana Roncarati[1]

 
Olá amigos e amigas! Acabei de ler esse e gostaria de compartilhar com vocês!
A autora faz refletir sobre qual o papel das emoções nas práticas educativas.
Abordando questões como: Qual a função e atividade docente no trabalho com as questões emocionais?

“A disponibilidade e a competência afetiva podem ajudar o professor a compreender o sentido das expressões emocionais da criança.” RONCARATI (2013, p. 45)[2]

 Além de discutir pontos relevantes como:

·         Disponibilidade para acolher as manifestações afetivas;
·         Integrando as emoções às práticas cotidianas;
·         Função social das emoções;
·         Atividade docente de corpo inteiro.

Confiram!
 






 



[1] Mestre em Educação pela UNIRIO, professora do curso de especialização em Educação Infantil da PUC-RIO e pesquisadora dos grupos de pesquisa INFOC (PUC-Rio) e GREIPP (UNIRIO).
[2] Revista Presença Pedagógica  VOL 19 N. 109 JAN/FEV. 2013 – Editora Dimensão www.presenncapedagogica.com.br